terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Universidade Paulista-UNIP





Semântica e Pragmática
Diário de leitura













São Paulo
2015

Universidade Paulista-UNIP
Cássio Caio Umbelino da Cruz-C57050-8





Semântica e Pragmática
Diário de leitura



Proposta de atividade veiculada à disciplina de Semântica e Pragmática realizada em 17/10/2015, pelo aluno Cássio Caio Umbelino da Cruz com orientação da professora mestre Déborah Gomes de Paula e sob a coordenação da professora doutora Joana Ormundo.




São Paulo
2015









Semântica e Pragmática
Diário de leitura















CRUZ, Cássio Caio Umbelino da. Diário de leitura: RUSELL, Bertrand. 
A conquista da felicidade. ”inveja” (2012).
 Orientado pela professora mestre Déborah Gomes de Paula. São Paulo:
 Universidade Paulista-UNIP, 2015.
00 páginas

PROPOSTA DE ATIVIDADE VEICULADA À DISCIPLINA DE SEMÂNTICA
 E PRAGMÁTICA.

1-Autorretrato 2- família 3-A conquista da felicidade

 

 


20/10/2015
Autorretrato



“É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. ”


Clarice Lispector LISPECTOR, C. Perto do coração selvagem. 9 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.1980. 11 p.


21/10/2015
A conquista da felicidade

A capa do Livro “A conquista da felicidade” de Bertand Russell não me chamou muito a atenção, o título sim. Ao ler o título, logo pensei no filme “O Segredo” que é um filme que revela um segredo guardado por milhares de anos. Por um momento fiz essa relação, mas que ao ler o livro notei ser bem diferente. Relacionei também com o livro O Monge e o Executivo, que li quando fazia faculdade de Educação Física. Por ser um livro tão conhecido por muitos e desconhecidos por mim, achei que seria algo bem chato, só que estava bem enganado.
Ainda não comecei a leitura, mas creio que seja uma leitura bem difícil, pois trata-se de textos que foram escritos por um filósofo. E com uma linguagem diferente da que estou acostumado a ler.







22/10/2015
INVEJA

Substantivo feminino
1) desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia.
2) desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem.


O livro de Russel é dividido em temas considerado por ele a base para se conquistar a felicidade.
Ao receber o tema Inveja que foi sorteado pela professora Débora, pensei o quanto as pessoas são invejosas. Umas têm uma inveja tão ruim, que chegam a fazer mal, outras têm uma inveja “boa” que chega a fazer mal para si mesmo. Este pensamento foi seguido pela lembrança de uma música do Cartola, que gosto bastante. Cito abaixo a letra

As Rosas Não Falam

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos
por fim


Ainda não comecei a ler o texto de Russel, mas confesso que estou curioso.



28/10/2015
Enfim, lendo!
Comprei o livro que foi proposto para a realização desta atividade. Chegou hoje. Comecei a ler e fiquei surpreso.
De início uma frase me chamou atenção no livro “(...) a inveja é uma das paixões humanas mais universais e mais arreigadas (...)”. Lendo essa frase, parei e refleti que a inveja é um sentimento que está em todo lugar. É causadora de tantos conflitos e até mortes. Logo me lembrou o que vêm ocorrendo no mundo, onde as pessoas movidas por ideais religiosos, matam os outros pelo simples fato de não serem da mesma religião. É algo bastante assustador e inacreditável. Isso me remeteu a música Freedom do cantor Pharrell Williams e ao poema a Rosa de Hiroshima

Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada




29/10/2015
De educação acho que entendo.

Impossível ler as frases deste livro e não pensar em nada ou deixar de fazer alguma associação. Bertrand Russell dia “(...) todo aquele que cuida de crianças deve observar uma justiça, distributiva, rígida e invariável (...)”
Na hora, me lembrei de quando era inspetor de alunos em escola pública. Sempre tentei tratar todos de forma igual, mas nem sempre consegui. E as crianças percebiam isso e se revoltavam. Era algo que não entendia, só depois de ler o livro pude ter essa consciência.




30/10/2015
Ter ciúmes é f$#@!
No capítulo sobre a inveja, Bertrand Russel conceitua o ciúme como “uma forma especial de inveja”. Oque intrigou é o termo ‘forma especial’. Seria por que as pessoas que sentem ciúmes o fazem por gostarem demais do outro?
Vejo o ciúme como algo doentio, não como uma ‘forma especial de inveja’, porque devido a eles, as pessoas são capazes de coisas terríveis. Mas vale lembrar que as pessoas acham certos tipos de ciúmes “bonitinhos”, que é porque gostam demais da pessoa amada. As pessoas são, na verdade, levadas pela emoção aflorada e com isto sentem o tal ciúmes, podendo ser altamente destrutivo.



31/10/2015
Os olhos entregam
Um trecho que também me chamou atenção, é que as pessoas avaliam o outro antes mesmo de conhece-lo. No livro o autor falar da avaliação que as mulheres fazem com que está bem vestida. O tempo todo as pessoas estão avaliando as outras e com o olhar entregam essa ação. Chega a ser algo absurdo.
A maneira como avaliamos o outro, seja por inveja ou qualquer outro motivo, faz com que a gente perca a chance de conhecer e/ou saber mais sobre o outro. Recordo-me de uma avaliação que as pessoas fazem ultimamente, que é estereotipar que todas as mulheres devem ter cabelos lisos. Algo completamente retrógrado.

 



Cabelo (Gal Costa)

Compositor: Arnaldo Antunes, Jorge Ben Jor
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Quem disse que cabelo não sente
Quem disse que cabelo não gosta de pente
Cabelo quando cresce é tempo
Cabelo embaraçado é vento
Cabelo vem lá de dentro
Cabelo é como pensamento
Quem pensa que cabelo é mato
Quem pensa que cabelo é pasto
Cabelo com orgulho é crina
Cilindros de espessura fina
Cabelo quer ficar pra cima
Laquê, fixador, gomalina
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada
Quem quer a força de Sansão
Quem quer a juba de leão
Cabelo pode ser cortado
Cabelo pode ser comprido
Cabelo pode ser trançado
Cabelo pode ser tingido
Aparado ou escovado
Descolorido, descabelado
Cabelo pode ser bonito
Cruzado, seco ou molhado





01/11/2015
A inveja mata

“(...) Entre todas as características da condição humana normal, a inveja é a mais lamentável; (..)”
Que frase forte!
Isso me remeteu a algumas pessoas que conheço e que fazem de tudo para se dar bem. Quanto mais elas têm, mais querem. E não importa o que farão para alcançar o que querem.
Isso é bem visível no ambiente profissional, no qual as pessoas não podem se sobressair, que logo os invejosos farão algo para, segundo eles, estar melhor. No fundo, sinto pena de pessoas assim, porque uma hora a casa cai e tudo que aqui se faz, aqui se paga. Se plantou o bem vai colhê-lo, se plantou vento vai colher tempestade.
Abaixo uma parte da história da Bíblia dos irmãos Caim e Abel:
“ De acordo com as escrituras, naquele tempo, eles praticavam atos de adoração ao Senhor sacrificando parte de suas produções. E toda vez que faziam a oferta ao Senhor, Este agradava das que Abel oferecia e não se agradava das ofertas de Caim. Isso se justifica pelo fato de que Abel oferecia as primícias, ou seja os primeiros e melhores frutos para serem dedicados a Deus, indicando o coração voltado a Ele, colocando o seu Senhor em primeiro lugar. Em seu caso, a melhor ovelha. Enquanto Caim oferecia o que restava da colheita, o que tornou seu ato de ofertar ao Senhor como um ato de formalidade, um ato sem importância. O resultado disso foi que o Senhor agradou da oferta de Abel e não se agradou da oferta de Caim.
Não bastasse colocar o Senhor em segundo plano, a história relata que Caim invejou o irmão, vindo a fazer aquilo que seria o primeiro homicídio: Caim matou Abel. “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou” (Gn 4:8)
Em seguida, o Senhor fala diretamente a Caim, e o repreende: “E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão. Quando lavrares a terra, não te dará mais a sua força; fugitivo e vagabundo serás na terra” (Gn 4,10:12).
Em vista disso, Caim admite sua condenação e responde ao Senhor: “Então disse Caim ao Senhor: É maior a minha maldade que a que possa ser perdoada. Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará” (Gn 4, 13:14).”
Fonte:  http://www.infoescola.com/biblia/caim-e-abel/





02/11/2015
Mais admiração e gentileza!
Ao ler que a admiração compensa a inveja, percebo que nem tudo está perdido.
A admiração é o oposto da inveja.
Admirando você amplia seus horizontes e conquista seus objetivos da maneira mais simples. Todo mundo admira algo ou alguém. O que torna a admiração diferente da inveja é a maneira como cada uma opta para obter seus méritos.  Lembrei da página do Facebook Gentileza Gera Gentileza (https://www.facebook.com/gentilezagera) e da música Gentileza de Marisa Monte.





03/11/2015
“Felicidade é estar contigo todo dia ...”


Com este trecho da música do cantor Seu Jorge, começo a escrever essa parte. Lendo este capítulo pude perceber que o autor mostra os lados positivos e negativos da inveja de uma forma bem direta.
A felicidade, segundo o autor é “o único remédio contra a inveja”. Concordo, porque a felicidade é algo que acaba com qualquer coisa negativa. Onde há felicidade não tem espaço para coisas fúteis e negativas. A felicidade incomoda bastante, ainda mais se a pessoa é frustrada.




04/11/2015
A inveja vicia?


Eis uma pergunta que talvez não saiba responder com tanta convicção. O autor diz o contrário “a inveja é um vício em parte moral e em parte intelectual, que consiste em nunca ver as coisas como elas são, sem compará-las com outras (...)”
Talvez ele tenha razão em suas colocações, mas fico pensando que a inveja só vicia se a pessoa não tiver moral nenhuma. Se for realmente alguém sem caráter e predestinada a ser assim. Creio que não seja possível uma pessoa que tem uma boa educação e índole seja tão invejosa a ponto de ficar comparando o que tem com o que o outro tem. Posso estar enganado, mas isso já é da pessoa, vem com ela e com o tempo é desenvolvido.
Isso me lembra as telenovelas, que retratam irmãs gêmeas que são separadas na maternidade, vivem vidas distintas e quando se conhecem, uma quer viver a vida da outra por inveja, como é o caso da USURPADORA.


   


05/11/2015
A mediocridade
Se tem algo que não vale a pena na vida, é viver na mediocridade ou com pessoas medíocres. No capítulo, acho que o autor se contrapõe quando fala sobre injustiça, citando que alguém que ganha um salário suficiente e fica sabendo que tem outra pessoa, sem nenhuma diferença, ganha o dobro. Logo essa pessoa sente “inveja” porque o outro ganha mais. Penso que não seja “inveja” propriamente dita e sim ambição por algo melhor.
Ninguém merece viver medianamente, sendo que tem a chance de melhorar.







06/11/2015

Instinto de sobrevivência

Nossa! Ler esse livro é sensacional. Em um capítulo pude relacionar várias coisas. Isso é muito bacana.
O autor diz que “a inveja está extremamente associada à competição”. Não discordo, pelo contrário. A competição é o que motiva as pessoas. Tem pessoas que são extremamente competitivas e fazem disso um extinto de sobrevivência. Talvez essas pessoas sejam realmente invejosos mas se não prejudicam ninguém, penso que isso não é tão ruim.

  


  
07/11/2015
A guerra

 A inveja é a causadora de grandes conflitos.  As grandes civilizações e nações por sentirem inveja umas das outras entram em guerra. Atualmente as religiões têm sido alvo dessa discórdia entre países. Temos visto que a intolerância religiosa tem destruído a vida de pessoas, em sua maioria inocentes. Me pergunto, o porquê disso? Até quando as pessoas vão brigar, invejar, odiar a religião alheia?  Essas perguntas, talvez, não sejam respondidas nunca.





“ Nos deram espelhos e vimos um mundo doente” (Índios – Renato Russo)


08/11/2015
A disputa pelo poder


  
A frase acima, intitula muito o que vivemos atualmente. As relações de poder é um fator decorrente da inveja. A disputa pelo poder constrói a democracia. Pelo poder as pessoas são capazes de coisas inimagináveis.

Pra variar estamos em guerra 
Você não imagina a loucura
O ser humano tá na maior fissura! ” 






09/11/2015
O pecado do preconceito

Analisando o capítulo, me venha à tona a malevolência que as pessoas têm contra aquilo que é diferente. Em pleno século XXI tem gente que expressa o pecado do preconceito. Digo pecado, porque é algo que fere profundamente o outro. Quem pratica preconceito, não tem noção das marcas que ficarão no outro. As pessoas têm de ser livres para fazerem o que quiserem, escrever sua própria história, sem medo de ser feliz ou reprimido. Penso que as pessoas reprimem o outro por sentirem inveja, por não poder fazer o que o outro foi e é capaz de fazer.






 10/11/2015
Desfrute a vida

Para poder conviver harmoniosamente com todos, o mundo precisa de amor. Viver a vida ao máximo, desfrutá-la sem medo de ser feliz. Independentemente de como, com quem e onde seja.
Ao ler o capítulo do livro, pude refletir que a vida é muito mais do que a gente imagina. Que todos os percalços que passamos, são necessários para nosso aprendizado. Que quem aproveita a vida, não tem tempo para outras coisas