APS – LITERATURA BRASILEIRA – POESIA
Análise do ensino de Literatura em livros didáticos do ensino médio.
Livro de referência: AMARAL, Emília; FERREIRA, Mauro; LEITE, Ricardo; ANTÔNIO, Severino.
Novas Palavras 2. 2015, 2016, 2017. Capítulo 2: O Romantismo no Brasil. São Paulo: Editora FTD. 2013.
Angela
Panseri - C66ACG9
Cássio
Umbelino - C57050-8
Cláudia Andrade - T68847-7
Juliana
Elpídio - T74604-3
Análise do Livro Didático: Novas Palavras 2 - Capítulo 2: O Romantismo no Brasil.
O capítulo analisado tem início com dois fragmentos de texto, um de Goethe, inspiração para muitos autores do romantismo, e uma parte da Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, grande autor do romantismo brasileiro. Além disso, a página de abertura é ilustrada pela imagem de uma pintura de Johann Moritz Rugendas, de 1830, intitulada: Paisagem na selva tropical.
A partir desta página inicial já é possível perceber que o livro instrumentaliza o professor para a abordagem dos pontos estruturais do tema a ser estudado, com exemplos que podem levar aos primeiros apontamentos sobre a temática do romantismo, sua origem e inspiração com o exemplo do texto de Goethe, além de autores e obras de destaque como Gonçalves Dias e a Canção do Exílio. A imagem da pintura oferece um caminho para a explicação de que o movimento romântico pode ser percebido também em outras esferas além da literatura, por exemplo, as artes plásticas.
As páginas seguintes intercalam propostas de atividades com fragmentos de novas informações sobre o tema, sempre retomando o conteúdo oferecido inicialmente na página de abertura.
Uma contextualização histórica é oferecida, intercalada com esclarecimentos para a fixação de novo vocabulário e mais conteúdo é acrescentado em excertos e pequenos blocos de texto com diagramação diferenciada.
Nas atividades finais da primeira parte, além de perguntas para a fixação das informações apresentadas, uma “leitura de imagens” é proposta, reforçando assim o entendimento de que o romantismo não se atém somente à literatura.
Percebe-se que no decorrer do capítulo o nível de dificuldade das atividades vai aumentando, o tamanho dos textos aumenta progressivamente e as atividades ficam mais complexas, conforme as fases do romantismo vão sendo apresentadas. Subentende-se que o conhecimento do aluno é incrementado no decorrer do estudo e este domínio vai sendo checado frequentemente pelas atividades e questões presentes, em média a cada duas páginas.
Todo o capítulo é bastante ilustrado, com imagens diretamente ligadas aos textos, em sua maioria, pinturas da época do romantismo relativas aos textos ou retratos dos autores mencionados. As ilustrações podem ser utilizadas para amplificar o debate, oferecendo ao professor a possibilidade de ampliar o debate nos momentos que achar mais útil. Elas também oferecem aos alunos a possibilidade de fixar as informações de uma maneira mais visual, favorecendo assim mais um caminho para a assimilação do conteúdo.
Ilustrações encontradas no livro didático:
(pintura: Paisagem na selva tropical – Johan Moritz. Castro Alves. pintura: A melancolia – Constance-Marie Charpentier)
A diagramação do livro didático oferece os textos em blocos pequenos ou médios, no máximo, considerando o tempo de atenção dos alunos, que tendem a dispersar-se no trabalho com textos muito longos. Não encontramos grandes massas de texto e cores fortes como o vermelho e o azul são utilizadas em títulos e para numerar e dar destaque às atividades.
Segundo a psicologia das cores:
O capítulo termina com um bloco chamado de “Resumindo o que você estudou”, onde o conteúdo é repassado em tópicos curtos que podem funcionar como gatilho para a memorização e a retomada do estudo do tema no futuro. Por fim, uma sequência de atividades propõe questões sobre todo o conteúdo e testa o domínio do tema pelo aluno com questões comparativas entre textos e questões retiradas de edições anteriores do ENEM.
Conclusão:
Julgamos a disposição do conteúdo no material didático analisado aceitável, porém antiquada, pois o formato ainda está distante das tecnologias atuais de transmissão de informação e totalmente desconectado da Era Digital. Certamente as novas gerações percebem um conflito entre o “analógico” do livro didático e a dinâmica digital de smartphones, tabletes e pesquisa on-line. Este conflito se dá até mesmo com outros materiais impressos consumidos pelos alunos como Mangás, HQs e até jogos de RPG, formatos mais ágeis e apelativos para os sentidos dos jovens e que poderiam ser adaptados para conteúdo didático.
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