quinta-feira, 12 de novembro de 2015

UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
Trabalho de Atividade Prática Supervisionada
Curso: Letras (Licenciatura em Português/Inglês)
Disciplina: Linguística Geral
Prof. Helcius Batista Pereira


GERATIVISMO
A corrente de estudos linguísticos denominados gerativismo, teve seu início a partir dos trabalhos do linguista Noam Chomsky. Ela foi inicialmente formulada como uma oposição e rejeição ao modelo behaviorista da linguagem. Modelo este embasado na premissa de que a linguagem "era um fenômeno externo ao indivíduo, um sistema de hábitos gerado como resposta a estímulos e fixado pela repetição" (KENEDY, 2008, p. 128). Ou seja, a linguagem, para os behavioristas, nada mais era do que um fenômeno dependente do condicionamento social, proveniente da interação social entre os falantes de uma língua. Chomsky, criticando a visão condicionada da linguagem, afirmou que todo ser humano era um ser criativo, capaz de construir frases e ideias novas, jamais proferidas antes, e também aplicando em sua fala regras gramaticais informais.


Ao contrário dos behavioristas, que afirmavam ser a linguagem um fenômeno externo, Chomsky afirmou ser ela um fenômeno interno do falante, uma capacidade genética. Esta capacidade inata foi denominada como faculdade da linguagem. Portanto, "o papel do gerativismo no seio da linguística é constituir um modelo teórico capaz de descrever e explicar a natureza e o funcionamento dessa faculdade, o que significa procurar compreender um dos aspectos mais importantes da mente humana." (KENEDY, 2008, p. 129).
Ou seja, é a partir do gerativismo que as línguas deixam de ser interpretadas como sendo resultantes da interação ou comportamento social, e passam a ser encaradas como uma faculdade mental natural, permitindo aos humanos desenvolver uma competência linguística.
Segundo Kenedy, no livro Manual de Linguística, de Martelotta (org.), os gerativistas vêm elaborando diversas teorias com o intuito de explicar o funcionamento da linguagem na mente humana, procurando analisar a linguagem de uma forma matemática e abstrata, aproximando-se da linha interdisciplinar com as ciências cognitivas (estudos da mente humana). A partir daí, foram construindo-se os modelos teóricos chomskyanos do gerativismo: a gramática transformacional e a gramática universal.
O primeiro modelo teórico elaborado foi o da gramática transformacional ou a gramática como sistema de regras que foi desenvolvido entre as décadas de 60 e 70 do século XX. Chomsky defende que todo ser humano carrega uma gramática internalizada, uma gramática própria que se desenvolve tomando com o tempo uma forma. Como por exemplo, uma criança que observa a fala de um adulto, ela assimila e cria as próprias regras ao falar em repetição ao que foi observado, ela internaliza a fala do adulto que serviu como um modelo de regras para a aquisição de sua própria linguagem. Os behavioristas acreditavam que isso era um processo de imitação externo, porém os gerativistas afirmam que esse fenômeno nada mais é do que uma gramática interna que cada falante de uma língua possui dentro de si, em sua mente, que se desenvolve e toma forma com o tempo. Os gerativistas também procuram compreender como ocorre na mente dos falantes de uma língua a intuição sobre as estruturas sintáticas. É um conhecimento implícito em que o falante distingue frases gramaticais e agramaticais, mesmo sem utilizar os conhecimentos da gramática normativa. Esse conhecimento inconsciente que o falante possui é denominado pelos gerativistas de competência linguística que "é o conhecimento tácito das regras que governam a formação de frases da língua". (KENEDY, 2008, p. 133)
No início dos anos 80 houve uma evolução na corrente gerativa, em que a competência linguística deu lugar à hipótese da gramática universal, que deve ser entendida como:
"o conjunto das propriedades gramaticais comuns compartilhadas por todas as línguas naturais, bem como as diferenças entre elas que são previsíveis segundo o leque de opções disponíveis na própria GU". (KENEDY, 2008, p.135);
Dessa forma, a gramática universal é formada por regras (princípios) invariáveis que são aplicáveis do mesmo modo para todas as línguas, e também possuindo "parâmetros de variação, responsáveis por especificar propriedades variáveis de línguas particulares." (BERLINCK, AUGUSTO e SCHER, 2001, p. 214).
A linguística gerativa propõe-se, então, a comparar as línguas humanas, levando em consideração diversos fenômenos ocorrentes nas línguas, como por exemplo, os fenômenos morfofonológicos e sintáticos, "com o objetivo de descrever os princípios e os parâmetros da gramática universal que subjazem à competência linguística dos falantes, para assim, poder explicar como é a faculdade da linguagem (...)". (KENEDY, 2008, p. 138).










LINGUAGEM A LUZ DO GERATIVISMO

*      OBJETIVO:
Transmitir aos alunos as propriedades universais da linguagem segundo Chomsky (gerativismo).

*      RECURSOS METODOLÓGICOS:

Apresentação e explicação de texto retirado de livro;
Debate a respeito do tema proposto;
Atividade em sala de aula.

*      MATERIAL DE AULA:
Gerativismo
Chomsky acredita que as propriedades naturais distinguem a língua natural de outras linguagens. Para ele, essas propriedades já devem ser conhecidas da criança antes do seu contato com qualquer língua natural, e devem ser adicionadas durante o processo de aquisição da linguagem.
Chomsky distingue competência de desempenho. A competência Linguística é a porção do conhecimento do sistema linguístico do falante que lhe permite produzir o conjunto de sentenças de sua língua; é um conjunto de regras que o falante construiu em sua mente pela aplicação de sua capacidade inata para a aquisição da linguagem aos dados linguísticos que ouviu durante a infância. O desempenho corresponde ao comportamento linguístico, que resulta não somente da competência Linguística do falante, mas também de fatores não linguísticos de ordem variada, como: convenções sociais, crenças, atitudes emocionais do falante em relação ao que dizem, pressupostos sobre as atitudes do interlocutor etc., de um lado; e, de outro, o funcionamento dos mecanismos psicológicos e fisiológicos envolvidos na produção dos enunciados. O desempenho pressupõe a competência, ao passo que a competência não pressupõe desempenho. A tarefa do linguista é descrever a competência, que é puramente Linguística, subjacente ao desempenho.

*      AVALIAÇÃO:
Elaborar um resumo a respeito do que o aluno entendeu por "Gerativismo".

*      BIBLIOGRAFIA:
FIORIN, José Luiz. - Introdução à Linguística: I. Objetos teóricos. 3ª edição. São Paulo: Contexto, 2004.





Alunos:   Ângela Almeida Panseri - RA: C66ACG-9

               Cássio Caio Umbelino da Cruz - RA: C57050-8

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